Singral Cimeiro - Campelo (Figueiró dos Vinhos) -Coordenadas: 40.04141/-8.23801 Altitude 673 Mts. -Com estação de Radioamador - Indicativo : CT1EIU

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Contemporaneidade...

" Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas..."

Guerra Junqueiro
(1886)

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Ordenado mínimo nacional...

Já aqui falei do ordenado máximo Nacional... agora lembrei-me de rever quantos sabem o valor do ordenado mínimo Nacional, e porque são tão poucos os que ganham esta quantia,óbviamente que também são poucos os que sabem quanto é, achei esta reportagem divertida e bastante esclarecedora dos sentimentos de alguns políticos em relação a esta questão,e não só...

domingo, 25 de janeiro de 2009

Estranho desaparecimento...

É verdade, foi hoje mesmo, que ao publicar um comentário de um nosso leitor a propósito dos ajustes directos ,que me assaltou a curiosidade e fui através do link respectivo, ler de novo aqueles fantásticos valores, e qual é o meu espanto que dois deles passaram a estar em branco!(?) exacto, em branco...desapareceu o conteúdo, será que passou o prazo? não faço a minima ideia mas em todo o caso como gosto muito de saber o porquê das coisas, enviei através da área destinada ás sugestões uma mensagem que aqui reproduzo em formato fotográfico. Pensei entretanto em registar os dois que ainda encontrei activos, não vão eles desaparecer também...pena não me ter lembrado desta hipótese quando publiquei este post pela primeira vez...








terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Sugestão

Nestes últimos tempos, tenho andado muito ocupado (e andarei) em acções de sobrevivência,logo, o tempo disponível para escrever algo mais ponderado vai escasseando,ainda assim, vou fazendo um esforço para lêr o que os outros fazem no pouco tempo disponível que me resta, antes de ser assaltado pelo cansaço e ter que recolher para recuperar energias...desta vez li algo relacionado com as reformas (tema sempre actual) que me agradou e que se identifica com a minha visão das "coisas"e deixo aqui o Link caso aceitem o convite para o irem lêr!

Clique e leia

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Orçamento para 2009-(Junta de Freguesia de Campelo)

Foi aprovado o orçamento da Junta de Freguesia de Campelo,para o ano de 2009,no valôr de 124.695,00 € . Só espero que não vão comprar cadeiras e armários ao mesmo sítio que vai a Administração Regional de saúde do Alentejo, pois ficariam arruinados para o resto do ano...

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Adjudicações directas,vão pôr termo aos preços especulativos??

Andei a "surfar" na WWW, e encontrei algumas publicitações de adjudicações,que me deixaram perplexo, será que eu vi bem? ou há outros detalhes que justificam estes preços e que não estão devidamente tornados públicos?

Município de Vale de Cambra precisa de autocarro de 16 lugares!
Veja o preço da proposta da Renault...


Precisa de reparar a porta do seu edifício?
Veja...uma bagatela!

Mas há mais, veja-se por exemplo quanto é que o Município de Beja poderá gastar numa fotocopiadora multifunções...1 milhão e trezentos mil contos?clique e veja!

Por hoje fico-me por aqui,só mais um armário e um trio de cadeiras...para a Administração Regional de saúde do Alentejo pela módica quantia do equivalente ao saudoso escudo, em vinte mil contos...não acredita? clique e veja!


Eu devo estar a ficar senil...já não consigo acompanhar os novos tempos ,com os novos preços...

sábado, 3 de janeiro de 2009

Nazaré e o "Zé do Aníbal"



A minha passagem de ano decorreu na vila piscatória da Nazaré.Nos tempos que correm eu não me teria dado ao incómodo e á despesa de me deslocar tão longe, não fosse o facto de ter ido em trabalho. Ainda assim fui com gosto, e algo espectante, pois juntar o útil ao agradável é sempre uma boa opção.Eu e a minha equipa chegámos á vila por volta da hora do almoço e a nossa missão era preparar os meios audio-visuais para o grande momento da transição 2008/2009 com fogo de artifício e tudo.Naturalmente decidimos ir de imediato almoçar, para depois com as baterias carregadas iniciar-mos o nosso trabalho. Foi aqui que teve início uma experiência que me desapontou,um dos meus colegas que nunca lá tinha estado pergunta-me," então onde é que vamos almoçar?"eu respondi-lhe que não conhecia nenhum sítio em particular ,mas que não devia ser nenhum problema porque aqui se deve comer bem em qualquer lado...e como não nos podíamos dar ao luxo de andar a passear pela vila a indagar qual seria a melhor opção decidimos rápidamente entrar no célebre e central restaurante,"Zé do Anibal"o ambiente era agradável tinha algum movimento e até tinha recinto onde se podia fumar.Sentámo-nos e após alguns minutos de expectativa lá surgiu um funcionário que muito atabalhoadamente nos largou uma ementa sobre a mesa,a casa não estava cheia, mas a postura do funcionário fazia transparecer que estaria a lidar com um ambiente de lotação esgotada...dois cigarros foram queimados enquanto esperei para fazer o pedido,a lista era muito variada e vasta e por isso perguntei se poderia pedir uma posta de salmão grelhado(a minha convicção era de que, naquele local(Nazaré) um prato de peixe seria uma boa opção)a recolha do pedido foi consumada e a nós restou-nos a espera necessária para disfrutar-mos de um almoço revigorante e agradável. O tempo foi passando...as azeitonas esgotaram,os acepipes diversos foram desaparecendo,o pão acabou e o vinho que era suposto fazer companhia ao peixe também já estava a chegar ao fim,o desespero e impaciência começou a assaltar-nos. Finalmente, e após uma hora(60 minutos) de espera sem acompanhamento por parte do funcionário,eis que me foi depositado em cima da mesa um prato com o tal salmão grelhado acompanhado com batata frita (?) o pico de fome já se tinha desvanecido, mas ainda assim de faca e garfo em punho, lancei-me decididamente sobre a dita posta e desferi-lhe o primeiro golpe verifiquei então que não tinha tido tempo de grelhar, parecia mais aquela iguaria japonesa que não sei bem como se chama mas parece que é "soushi"e não era fresco era congelado,mas do mal o menos,tentei chamar a atenção do funcionário para lhe pedir para acabar de grelhar o peixe mas rápidamente percebi que ele andava demasiado ocupado para nos aturar e assim depositei os talheres sobre o prato como se já tivesse terminado o almoço...e fiquei impávido e sereno a aguardar os próximos capítulos.Então não é que, num momento de folga o funcionário fez um "raid" na nossa mesa e ao ver a posição dos talheres pura e simplesmente nos levantou os pratos regressando rápidamente a perguntar se queríamos sobremesa...a minha resposta foi que queria só a conta!Completamente indiferente ao facto de eu não ter almoçado,trouxe-nos então a factura sem sequer inquirir se eu tinha gostado do peixe...Enfim, acabei por atravessar a praça e fui comer um cachorro quente, a uma "tasquinha" em frente, que felizmente me serviram bem e até me segredaram que o dono do "Zé do Anibal" é lá que vai comer as bifanas! Por todas estas razões o "Zé do Anibal" recomenda-se.

ZONAS DE INTERVENÇÃO FLORESTAL (VALERÁ A PENA A ESPERANÇA?!!!)


Já sei, já sei!...
- “vale sempre a pena quando a alma não é pequena”

Mas, no caso, que tamanho tem a alma?
Será assim tão grande como o desprezo a que estão votados os nossos arvoredos, especialmente a Floresta privada?
Será antes do tamanho da nossa descrença relativamente a tudo o que é inovador?
Ou será ainda maior, isto é, da dimensão da nossa desconfiança relativamente a tudo o que emana do Governo?

Quando o assunto foi legislado e se começaram a realizar as primeiras reuniões de proprietários florestais, o eco que me foi chegando é que seria muito difícil implementar o sistema no centro e norte do País, onde as propriedades são, regra geral, de pequeníssima dimensão, os proprietários estão ausentes e desinteressados, por não tirarem dali qualquer proveito económico, mesmo no caso dos que se interessam minimamente pelo seu património e vão fazendo algum investimento.

Depois de veiculada a ideia de que haveria sanções para quem não cuidasse das suas parcelas, fiquei a pensar que talvez a implementação das ZIF’s ganhasse algum alento.
No entanto, não creio que alguém acredite que haja maior “sanção” do que esperar 40 ou 50 anos pelo crescimento das árvores e vê-las devoradas pelo fogo. Que autoridade poderia pôr em prática tal regime sancionatório sabendo que o proprietário florestal minimamente preocupado com a sua floresta, pouco ou nenhum proveito tira dela?
Além disso, toda a gente sabe que as autoridades têm muitos prevaricadores dos verdadeiros para fiscalizar (e seria mesmo muito ridículo que as armas se virassem precisamente para quem já tanto tem perdido). Se bem que, as “opiniões citadinas” que tenho apreciado sejam mesmo nesse sentido – “a floresta recebe subsídios chorudos da CE e do Estado Português, portanto, os proprietários florestais devem ser responsabilizados por não terem a floresta em condições”; esquecem-se, por certo que, quando, de passagem, resolvem piquenicar numa linda mata à beira de uma estrada a deixam, regra geral, pejada de papéis, plásticos, cigarros e demais porcarias combustíveis.

Entretanto, na minha boa fé, quando a ideia de uma ZIF em Campelo tomou forma, inscrevi-me de imediato no núcleo fundador tendo, desde então, tentado, dentro das minhas possibilidades, cooperar e chamar mais proprietários para a causa.
Participei em várias reuniões e em diversas aldeias. Debalde!

No dia 20 de Dezembro era a data marcada para a Audiência Final da Zona de Intervenção Florestal. Apresentou-se um grupo tão pequeno de proprietários que regressei a casa com a certeza de que não vai conseguir-se levar a bom termo esta iniciativa.
- Não obstante uma legislação muito favorável ao proprietário, ao ordenamento florestal e à defesa da floresta privada;
- Não obstante as ajudas existentes que, em determinados casos podem chegar à totalidade do investimento a fundo perdido;
- Não obstante o enorme empenhamento da Ficape e da Sra. Eng.ª Sónia (que tem sido incansável)
- Não obstante a necessidade.

Enfim, é Portugal no seu habitual deixa-andar!...

Maria Eduarda

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Ano Novo

ANO NOVO

Virás de manto realmente novo

Entre searas ardentes e mãos puras?

Poderemos enfim chamar-te novo,

Ano novo entre as tuas criaturas?


Deceparás enfim as mãos tiranas?

Será feita, enfim, nossa vontade?

Eu queria acreditar, vozes humanas,

Acreditar em ti, deus da verdade!


Como eu queria trazer-te a este mundo

(Mas onde te escondeste? Desde quando?)

Ó deus livre, sem espinhos, ó fecundo

Senhor do fogo alegre e não do pranto!


Ó ano novo, a minha esperança é cega.

Transforma em luz a nossa própria treva.


* Alberto de Lacerda (1928-2007)

(Por cortesia de Eduarda Campos)